domingo, 20 de julho de 2008

Vamo lá, Raúla!

Parece um daqueles sonhos onde estamos a ser perseguidos e os nossos membros não se movem, mas os ponteiros do relógio (e os “maus”) sim.
No entanto é a vida real. Acontece muitas vezes e cada vez com mais frequência. Uma simples ida ao supermercado que fica a 10 minutos de casa pode demorar (na melhor das hipóteses) 3 horitas. Coisa pouca. Como é que se pode entrar numa loja num belo dia de sol e sair num dia de tormenta? Será a calma do paro?
Mais intrigante ainda é quando se vai apressadamente comprar um aspirador pela manhã (e mais umas coisinhas que irão entender uns episódios mais tarde) e, quando se olha para o relógio são 19h e já é hora de voltar para casa...
Muito lentiiiiinhas, muito lentiiiiinhas!

Dá para entender agora porque é que os posts vêm devagariiiiiiinho, muito devagariiiinho?

domingo, 29 de junho de 2008

A Invejazinha
















Diz que a inveja é uma coisa muito feia. Isto é como o vinho: um bocadinho todos os dias faz bem ao coração. A inveja também faz um bocadinho bem ao coração. E motiva. Ora se faz bem ao coração e motiva... Só pode ser boa!!

Afinal o que nos faz esforçarmo-nos por ser melhores é saber que alguém tem o que queremos e nós não.

Diz que morder a mão que te dá comida é uma coisa muito feia. Mas se a mão não souber de nada continua a dar comida, não é? Mordamos então pela calada para ela não notar!!

Tudo bem, podemos até falar à Figo ou ter uma linguagem vascolourinhada mas o nosso coração só tem realmente duas cores: verde e vermelho (e hoje ficamo-nos pelo verde de inveja). Quem não se sente não é filho de boa gente.

Isto tudo para dizer que quem devia ter ganho era o Portugal!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Propera parada: Barcelona
















Já la vão quase dois anos mas ainda está muito presente o dia.


Snif Chuif


Tudo começou com um mar de lágrimas. Adeus família, adeus amigos, adeus mundo em que nós vivíamos. Sim, íamos para uma das cidades mais encantadoras do mundo (uma escolha nossa... preparada, muito pensada, com muita certeza!), mas nem isso nos impediu de nos mascararmos, neste dia, de Madalenas Arrependidas. Durante as 9 horas de atraso que levávamos para a nossa partida, intercalámos o tempo entre lágrimas e caixotes.

Assim como o Rossio não cabe na Rua da Betesga, também a nossa vida não cabe num carro, muito menos num Saxo. Qual cigano nómada, lá fomos pelas estradas da Península Ibérica a fora.

E o que aconteceu? Para não fugir à regra de cada vez que fazemos uma viagem as duas, os quilómetros parecem dilatar e o tempo encolher. Mas foram dois dias de viagem animados com paragem em Madrid para visitas (com muita calma). Última estação: Barcelona. Às 3 da manhã. Com sono. Cansadas. Sem saber o caminho para a casa do nosso amigo e anfitrião. Devagar. Bem devagar.

Mas... parar? Porquê? Só sabemos que temos de virar na próxima à esquerda! Porque é que aquele carro vem na nossa direcção e tem tantas luzes em cima? Ups! Vamos lá conhecer os catalães... Os catalães fardados. Ainda se fossem os afamados e jeitosos Mossos de Esquadra... Mas não, era mesmo a Guardia Urbana. Uma entrada em grande, como não podia deixar de ser. Foi só um sinal vermelho! Enquanto a Ângela fazia sala com um dos polícias (“Iestiá friesquinhio, e tiailie, nião iachia sieñior piolicia?”) a Marta foi, obediente, ver o sinal de perto, ao mesmo tempo que ouvia o sábio conselho do outro polícia (“Mira que te matas!!”). Para ajudar à festa juntaram-se duas motas dos mesmos catalães fardados. No fundo foram uns fofinhos. Para além de não nos terem passado multa, ainda nos indicaram o caminho com direito a escolta!


“Francisco, chegámos!”